domingo, 27 de abril de 2008

Um nome.

Grita meu peito. Esqueça tristes queixas.
Canta a felicidade que agora não sinto,
Para que eu não morra com versos presos,
Minha alegria e agonia que por agora é dor.

Leva para longe à noite lúgubre,
Dá-me o dia de ser feliz, sonho e quietude.
Confidencia ao meu amado meus segredos,
Fugas que eu não quero mais presentes.

Reaja coração ingrato, já imploro.
Reaja para que eu viva e válido seja o seu pulsar.
Deste vazio a consumir os meus dias,
Assuma a verdade, arranca os espinhos da saudade.

Ando tonta de ser dilúvio neste amar,
Seca um pouco do meu choro, esclareça o meu vôo.
Mata o desespero em mim. Este inferno fantasiado,
Capaz de expor e recolher meus íntimos desejos.

Deixa sair os cantos que prendem o meu pensar.
Grita meu peito. Liberta, por favor,
Esta humana tinta quente que entristece
Quando sofro calada o que não digo.

Grita alto meu peito, a realidade... (o nome dele).


Eliane Alcântara.

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